quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um Toque de Contemporaneidade


Faz-se mister a informação de que um poeta
Não só escreve sobre a amargura incerta
Mas com as atualidades ele flerta
E as saúda com a porta aberta!
Não querendo ser saudosista, mas já memorando,
Das épocas onde escrevia, me esgueirando,
Espreitando,
Desrespeitando.
Hoje me sinto na necessidade de mostrar a vida
Tal como é, não passível de ser lida,
Mas magnificente e, como núcleo, tida,
De toda a alegria compartida.
E o que vejo, confesso, me trás uma dor,
Não só em arte, mas em qualquer labor,
Que se faz por rispidez ou por ardor,
No ódio ou no famigerado amor.

Esta brincadeira de falsa amizade
Permite que a dor, que há tempos me invade,
Faça insurgir de tudo a maldade
E me ponha vulnerável à atrocidade.

Peço permissão, finalmente, vossa “Majestade”,
Para que possa eu assassinar esta minha vontade,
Pois voltar-me-ei novamente à antiguidade.

Quero mesmo é distância dessa contemporaneidade.

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