quinta-feira, 7 de abril de 2011

O último ato



Fatídico dia. Eis que numa manhã de quinta feira os jornais anunciam que um indivíduo comete um crime de último ato. Entra em uma escola e dispara seus pregos crucificando inocentes proles.
È fato para se ficar abismado. Principalmente ao ler-se uma carta escrita previamente pelo meliante com seu interior demasiadamente conflitante. Com todos seus conceitos e dentre outras coisas cita sua progenitora. Hilariante de fato, pois fizeste mães órfãs de seus filhos, por assim dizer. Usara o nome de sua mãe em vão. Não se sabe se tal mulher seria indigna de um herdeiro bom ou ruim. Uma meretriz que tivesse dado luz a tal desalmado, não o desse importância. Aliviaria o peso posto em costas maternas calejadas por carregar um feto em seu ventre.
“Sede bom, meu filho” e “Ame ao próximo como a ti mesmo”, parecem não surtir efeito em meninos malcriados. Não que tenham sido mal criados de fato, mas que erraram o caminho na estrada da vida. Meteu-se em estrada de cacos afiados e arames farpados.
Petulante filho de meu Pai. Filho de nosso Pai. Não perca em tua pós - vida, a misericórdia cedida, a ti, por amor. Os céus que se alegrem por um pecador que se arrepende, mais do que noventa e nove justos que trilham sua salvação. Pois as leis dos homens, não são similares às divinas. Mundo nosso composto por agiotas, não há deixado chance para mudar antes da tragédia.

Choramos por filhos que deixam suas mães para viverem com suas douradas harpas, mães que sentem a dor da Virgem e por um homem que foi ao erro levado.




Um Toque de Contemporaneidade


Faz-se mister a informação de que um poeta
Não só escreve sobre a amargura incerta
Mas com as atualidades ele flerta
E as saúda com a porta aberta!
Não querendo ser saudosista, mas já memorando,
Das épocas onde escrevia, me esgueirando,
Espreitando,
Desrespeitando.
Hoje me sinto na necessidade de mostrar a vida
Tal como é, não passível de ser lida,
Mas magnificente e, como núcleo, tida,
De toda a alegria compartida.
E o que vejo, confesso, me trás uma dor,
Não só em arte, mas em qualquer labor,
Que se faz por rispidez ou por ardor,
No ódio ou no famigerado amor.

Esta brincadeira de falsa amizade
Permite que a dor, que há tempos me invade,
Faça insurgir de tudo a maldade
E me ponha vulnerável à atrocidade.

Peço permissão, finalmente, vossa “Majestade”,
Para que possa eu assassinar esta minha vontade,
Pois voltar-me-ei novamente à antiguidade.

Quero mesmo é distância dessa contemporaneidade.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Avante, cavaleiros!


"Avante, cavaleiros! Vós que sofreis por quotidiano, onde as espadas murmuram dia após dia, e labutando no costeio do campo saqueiam e destroem. Vós que combateis a punhos intumescidos os condenados e gananciosos. Fanam-se as correntes de conturbação, meus caros! Hoje nasce um abantesma ocioso, porém renovado. Este carrega o fático nome de Liberdade! Abstenham-se da clausura que os mantêm pestilentos, abespinhados. É o dia da Redenção, homens! Eis o dia em que este âmbito há de se abraçar em chamas, e prantear por todos aqueles inocentes cujo sangue adentrou o solo infértil. Todos por um ideal, Deus por nós, e que não se arvore sob nenhuma palmatória. GLÓRIA!"
Algum Rei de uma Era Sangrenta




segunda-feira, 4 de abril de 2011

A corrupção de um puritano




Estava a andar meio errante, sem nada a falar e nada a demonstrar. Sozinho comigo mesmo, semblante imutável, apenas pensando. Na ilusão do conhecimento humano, pensava na metafísica além do além.
Não era nada como a existência de Deus. Isso é teoria de cada um. Não tenho nada com isso. Imaginava se havia alguma maneira de explicar coisas que aconteceram em nossa história, coisas do cotidiano.
Eis que me sentei em um banco num parque. Beleza que transparecia suavidade. Um lugar ideal para se pensar. Sentado à beira de um lago comecei: “Porque as pessoas tanto complicam a vida e deixam de apreciá-la?” E é verdade. Eu era a prova real. Com tantas coisas a resolver, eu, logo eu, que sempre gostei do simples e do natural, estava a ignorar o que realmente importa e a me consumir por insignificâncias.
Talvez sejamos bons demais para deixarmos de lado coisas assim, como um dia ensolarado em um parque. Talvez sejamos responsáveis demais para relegar o dinheiro ao seu ínfimo valor. Dinheiro...
O verdadeiro vilão. O que ora se tem e ora não se tem. É rápido, arisco, liso. Finos grãos de areia ou nuvens sobre as quais tentamos pousar quando estamos a cair do mais alto ponto do Everest de nossas vidas, mas elas se revelam leves demais para nos amparar na descida.
Eu me via conivente. Deixei-me corromper diante de uma difícil situação. Ocultei-me de decisões por ser minoria. Hoje sinto a necessidade de ser perdoado por um crime do qual me considero culpado.
Culpado de não ter tentado, culpado de ter feito o fácil. Perdi o que me era importante, perdi o que fazia de mim tão raro.
Um puritano podia me considerar, mas ante as seguidas chuvas de raios e trovões, não achei nuvem que agüentasse o peso, em minhas costas, posto. Puritano: “Homem de grande rigidez de princípios”, “Que pertence ou é relativo aos puritanos, genuíno, puro.”
Cheguei à pergunta mais importante: “Existe ainda algum ser humano bom neste mundo?” No meu sincero profundo, tendo visto que me surpreendo a cada dia com coisas que me fogem, às vezes, ao entendimento, acho que não existem homens puros neste mundo.




sábado, 2 de abril de 2011

History of a book



Can you see my eyes? They're showing you
I promise you  baby:"I'll make your dreams come true"
I will, because I love you

Let me touch your heart
It was poisoned by the hate
We'll turn it into something better,
Believe, have faith
So things will be all ok.

Getting closer to the sea, I can feel the lull
And when touched by the waves
I hear a message coming through
"We haven't finished yet, my boo"