sábado, 28 de maio de 2011

O viajante

Em fuga da cidade,
Um homem se vê em linda paisagem
Parou pelo corpo, que se faz cansado.
Vista tão esbelta jamais havia imaginado

Esse lugar de imensos vales e campos verdejantes
Abriu os braços e ao rio, no seu leito,
Acolheu o viajante

Em sua chegada,
Ele, que se sentia vazio, passou a ser cheio
De prazer se abarrotou, com a vista ,se abismou
Sua paixão aflorou.
Dos prós, no entanto, do contra, também, há provado

A solidão.
A falta de alguém para partilhar tal visão
Lembrou-se dos amores que deixou
Tantos problemas que o fizeram buscar o eldorado

Foram-se os dias, passou. Nada mais ficou.
Em verdade, talvez nada tenha existido
Uma loucura de minha mente.

Passível de erros, esta há de ser a arma mais perigosa contra mim mesmo.
Não existe culpado, só o íntimo.
E quando me deito, não tem travesseiro para me confortar
Só a pedra.

Talvez não deva descansar
O eldorado não nos aparece à toa
Necessitas fazer-se merecedor de seus deleitos.

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